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Funcionalidades do ERP: SCM, SOA, ASP e SaaS

Continuando nosso bate-papo sobre as funcionalidades do ERP, vamos falar hoje sobre o SCM (Supply Chain Management, Gestão da Cadeia de Suprimentos), SOA (Service Oriented Architecture, Arquitetura Orientada a Serviços), ASP (Application Service Provider, Provedor de Serviços Aplicativos) e SaaS (Software as a Service, Software como Serviço). Entenda cada um deles!

SCM

Falando sobre mais uma funcionalidade do ERP, vamos olhar para o lado do fornecedor. O SCM (Supply Chain Management, Gestão da Cadeia de Suprimentos) é uma evolução do sistema de compras que, por sua vez, começa com a identificação da necessidade de um item de estoque. A demanda é detectada por meio do ponto de pedido ou de ressuprimento, previsão de vendas ou solicitação específica digitada no sistema.

O sistema envia a solicitação de cotação para os fornecedores que disponibilizam o produto e, pela Internet, buscará as alternativas de compra. Existe aí um processo de conectividade complexo, pois cada fornecedor tem seus próprios códigos de produtos, suas próprias condições de pagamento, enfim, um conjunto de regras diferentes. Não há, ainda, uma padronização, embora algumas entidades já estejam trabalhando neste sentido. O próprio XML e os web services colaboram na viabilidade deste processo. É isto que chamamos B2B (Business to Business, Empresa para Empresa).

De qualquer forma, há de chegar o dia em que o envio da solicitação de cotação, a resposta, a seleção da mais indicada, o envio do pedido de compra, a separação, a expedição e a entrada do produto (ou, se for o caso, a geração da ordem de produção) serão feitos por um conjunto de mensagens trocadas pelos sistemas, independentemente de sua plataforma, sem a intervenção humana. O processo se completa com a nota fiscal eletrônica e com toda a logística de transporte, inclusive otimização de rotas. No caso de entrega física, a qualquer momento é possível monitorar onde está o caminhão ou outro meio de transporte, prever a hora de chegada, os motivos dos atrasos. Na verdade, isto já é realidade entre as grandes redes de supermercados, entre as montadoras de veículos e seus fornecedores e concessionárias, além de alguns outros segmentos. E agora com o WAZE, tudo fica mais fácil!

 

SOA

Nessa constante evolução da tecnologia, algo muito interessante é o web service. Como o próprio nome diz, trata-se de um serviço prestado via Internet. Na prática, dois sistemas de empresas diferentes se relacionam, por meio do envio e recepção de mensagens. Para exemplificar de forma rápida e fácil: os serviços de avaliação de crédito utilizam o web service. Uma empresa recebe um pedido de cliente novo e deseja saber se ele paga direitinho. O sistema envia o CPF ou o CNPJ desse cliente a uma instituição de crédito, informa se aquele cliente potencial é idôneo. O sistema de coleta de pedidos ou de faturamento da empresa que fez a consulta, recebe as informações e aprova ou não o pedido do novo cliente. Essa empresa, no final do mês, receberá uma fatura de cobrança pelos serviços prestados. A transação entre as duas companhias envolvidas foi concluída sem a intervenção de qualquer atendente. Mesmo se um operador quisesse burlar o sistema, dificilmente conseguiria. Tudo isso realizado em poucos segundos.

Isso foi possível, em parte, graças a um novo formato de arquivo, denominado XML (eXtensible Markup Language), que é um formato padrão de envio de dados. O XML criou o que chamamos tag, no início e no final de cada campo. Cada tag é certificada pelos sinais de menor e maior. De modo geral, esta tag é o nome do campo. Enviamos um conjunto de campos em cada mensagem. A vantagem é que não precisamos enviar todos os campos, somente os necessários para cada transação específica. O XML vem sendo substituído pelo JSON (Java Script Object Notation), um formato mais simples, e aplicado principalmente por quem usa a plataforma PHP-SQL-JQuery-HTML.

O mecanismo de troca de mensagens entre sistemas é que possibilitou a Service Oriented Architecture, Arquitetura Orientada a Serviços, conhecida pela sigla SOA. Cada sistema, ou melhor, cada componente, não importa onde esteja localizado, recebe e presta serviços a outros componentes. Mesmo com a facilidade de troca de mensagens, é necessário existir conectividade entre os sistemas, que pode ser resolvida pelas EDIs, ou Interface de Serviços entre Empresas, onde se configuram as regras de conversão.

 

ASP

O ASP (Application Service Provider, Provedor de Serviços Aplicativos) foi quem deu origem ao hoje ambiente Cloud Computing.  Um modelo que possibilita acesso a aplicações e software através de uma infraestrutura de rede. O provedor (Data Center) mantém uma instalação e um ambiente seguro, grandioso e de alta tecnologia atendendo cada cliente de forma específica. O acesso às aplicações é realizado por meio da rede de dados normalmente alimentadas por fibras óticas de altíssima velocidade.

Os Data Centers cobram pelo serviço de hospedagem das aplicações, tipo e uso de infraestrutura, além de serviços adicionais de atualização e suporte ao software. O custo de aquisição e licenciamento do software é todo do cliente, já que o provedor hospeda aplicações de terceiros.

É o provedor que atualiza a instância de cada ambiente e cliente, embora em alguns casos o cliente prefira fazer por conta e risco próprios boa parte desses serviços. Além disso, faz as manutenções na infraestrutura, de todo hardware e dos recursos de continuidade dos serviços (geradores de energia elétrica e tanque de óleo diesel para seu abastecimento).

 

SaaS

O modelo SaaS (Software as a Service) é uma forte tendência. Trata-se de um modelo de licenciamento e entrega de software baseado em assinatura, entregando várias aplicações de negócios. Essas aplicações são quase sempre 100% baseadas em web, construídas pelo próprio fornecedor, hospedadas inteiramente na nuvem e com acesso diretamente pela web.

As soluções SaaS não necessitam de repositório de programas por cliente, ou seja, uma infraestrutura centralizada atende a todos os usuários. Neste modelo, o fornecedor aplica regularmente atualizações, manutenções e melhorias, garantindo que todos os clientes do software sempre utilizem a versão mais atualizada, a mesma para todo mundo. Ou seja, a atualização e as manutenções são realizadas a todos os clientes ao mesmo tempo.

Seu modelo de cobrança é o pagamento pelo uso, com variação apenas na métrica utilizada para mensurar tal uso. Em razão da escalabilidade, seu custo é diluído, tornando o valor mais atrativo que outros modelos de licenciamento tradicional.

Um ponto curioso nessa questão é que quando essa sigla foi criada, se falava que os serviços seriam cobrados a semelhança das contas de água e de energia elétrica, ou seja, diretamente proporcional ao seu uso. Mas não é bem assim que está acontecendo. Algumas software houses cobram o seu sistema de faturamento pelo número de notas ou itens emitidos? Ou pela quantidade de itens? Ou pelo uso de megabytes em disco? Ou pelo tempo de processamento na unidade central? Ou pelo número de linha impressas? Não. A assinatura ou MRR continua sendo cobrada ou pelo tamanho da empresa, ou pelas funcionalidades oferecidas, ou ainda pela usual quantidade de usuários. Critérios que pouco têm a ver com o real uso dos recursos oferecidos.

Toda essa evolução que vimos aqui desemboca no BPO (Business Process Outsourcing, Terceirização do Processo Administrativo): terceirização da contabilidade, do RH, da gestão financeira, enfim, todo o controle administrativo. A empresa confia estas tarefas a quem é especializado e concentra todo o seu esforço no que mais lhe interessa: no seu core business, no seu negócio, na sua estratégia.

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