Atualmente, a função do CFO (sigla em inglês de “Chief Financial Officer”, que corresponde a “Diretor Financeiro” em português), deixou de restringir-se somente à responsabilidade pela fiscalização de balanços, e passou a concentrar-se no desenvolvimento de estratégias para a empresa, contribuindo diretamente na tomada de decisões.
A utilização de ferramentas de gestão empresarial, como o ERP (Enterprise Resource Planning), acabaram permitindo que as empresas perdessem menos tempo com tarefas rotineiras de finanças, e transferiram ao CFO mais disponibilidade para dedicar-se a atividades ligadas à missão e visão institucional da empresa. O CFO tornou-se o braço direito do CEO (Diretor Executivo).
Neste post, listamos 3 elementos-chave para a função do CFO. Confira!
O que faz o CFO?
O CFO é responsável por supervisionar as atividades e operações financeiras de uma empresa. É ele quem estabelece medidas para otimizar o fluxo de caixa, sendo responsável pela análise e revisão de dados, desempenho financeiro, preparação de orçamentos e monitoramento de gastos e custos; além de atividades de longo prazo, como a avaliação de riscos financeiros e oportunidades.
Como um parceiro estratégico e orientador da empresa, o CFO deve manter a organização com uma base sólida. Para tanto, ele verifica regularmente a saúde financeira da organização e sua integridade, e apresenta essas informações ao conselho de administração.
As qualificações esperadas de um CFO podem variar de acordo com a empresa. No entanto, tendo em conta as suas responsabilidades em gestão financeira, a maioria destes profissionais têm formação e experiência em contabilidade ou finanças.
O trabalho do CFO pode ser dividido em 3 componentes principais:
1. Gestão e Orçamento
Em uma organização menor, o CFO supervisiona diretamente assuntos como fluxo de caixa, salários, orçamentos e investimentos. Ele tem autoridade para estabelecer políticas e procedimentos de contabilidade para crédito e cobrança, compras, pagamento de contas e outras obrigações financeiras. Um CFO de uma grande empresa, por outro lado, tem um papel mais amplo na supervisão administrativa, no que diz respeito à gestão de orçamento, decisões sobre as tabelas salariais e alocação de recursos com base em relatórios dos gerentes de divisão.
Muitas vezes, o CFO também se responsabiliza pela procura de investimento de capital para a empresa, além de atuar na gestão de riscos, estratégia de investimento e aquisição de capital. Ele é responsável pela atual condição financeira da empresa, onde deve decidir como investir dinheiro, levando em consideração o risco e liquidez. Além disso, o CFO supervisiona a estrutura de capital da empresa, determinando a melhor combinação de empréstimos, capital próprio e financiamento interno.
Em todos os tipos e tamanhos de organizações, o CFO trabalha, cada vez mais, em parceria com o CEO e conselhos de administração, para ajudar no planejamento estratégico de longo prazo. Dentro de uma empresa, ele ajuda a avaliar a produtividade e a procurar áreas de eficiência que possam ser desenvolvidas para aumentar ainda mais a rentabilidade da companhia.
2. Contabilidade e Relatórios
O CFO é responsável por manter registros financeiros precisos e informar sobre a situação financeira da organização. Em uma pequena empresa, o CFO pode controlar as funções básicas de contabilidade e produzir relatórios financeiros mensais e anuais. Em uma corporação maior, as funções do CFO dirigem-se à análise, supervisão e gestão. A contabilidade e os relatórios são feitos por divisões ou departamentos, sendo avaliados pelo CFO para a obtenção de uma visão global da situação financeira da empresa.
O Diretor Financeiro deve usar seu conhecimento de mercado para apontar fontes de financiamento e perspectivas econômicas, com o intuito de auxiliar as empresas a tomarem decisões sábias sobre a alocação de recursos. Ele deve compreender o modelo de negócios da empresa para a geração de valor ao cliente e traduzir as métricas operacionais para as medidas de desempenho. Este profissional também usa ferramentas como o Balanced Scorecard e análise de demonstrações financeiras para comunicar o desempenho financeiro real e o esperado pela empresa.
Este profissional também mantém linhas de comunicação com investidores, analistas financeiros e acionistas, em conjunto com o CEO. Administra acordos bancários e contratos de empréstimos, e mantem fontes adequadas de capital para empréstimos de bancos comerciais e outras instituições financeiras. Além disso, ele pode investir os fundos da empresa e administrar planos de ação.
O CFO estabelece e executa programas para o fornecimento de capital exigido pela empresa, incluindo a negociação de aquisição de dívida e capital próprio, além de manter os acordos financeiros necessários. Coordena os planos de longo prazo da empresa, avalia as necessidades financeiras implícitas nesses planos, e desenvolve formas alternativas em que as necessidades financeiras possam ser satisfeitas.
Outra função deste profissional é a apresentação e comunicação de informações financeiras a todas as partes interessadas da empresa – incluindo acionistas, analistas, credores, trabalhadores e outros membros da administração. Obviamente, todas essas informações relatadas devem ser precisas e atuais; afinal, muitas decisões importantes são baseadas nelas.
3. Estratégia Econômica e Previsão
O CFO não é responsável somente pelo passado da empresa e pela sua situação financeira atual, mas é também parte integrante do futuro financeiro da organização. Este executivo deve ser capaz de identificar e relatar quais áreas da empresa são mais eficientes e se capitalizar a partir desta informação.
Por exemplo, o CFO de um fabricante de automóveis deve ser capaz de identificar quais modelos estão gerando mais dinheiro para a empresa, e como esta informação pode ser melhor utilizada para melhorar a companhia no futuro. Este aspecto das funções do CFO também inclui previsões econômicas – em outras palavras, ele tenta prever, dada a variedade de cenários, a melhor maneira de garantir o sucesso da empresa a longo prazo.
CFOs que buscam impulsionar suas empresas estão mais engajados nas decisões estratégicas, tendo um papel ativo na análise e gestão financeira. O trabalho deste executivo é extremamente complexo. Falamos aqui de suas atividades mais relevantes, mas uma coisa é certa: o bom CFO geralmente se difere dos outros pela forma como ele é capaz de projetar a imagem financeira da empresa a longo prazo, e pela forma como a empresa prospera com base em suas análises.
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