Se os negócios não vão bem, é hora de repensar a forma como as finanças estão sendo conduzidas. Apesar de simples, a gestão financeira de uma empresa é de extrema importância: qualquer erro pode comprometer o bom funcionamento do empreendimento.
Planejar, organizar e controlar são ações obrigatórias na rotina financeira, afinal de contas, a gestão financeira é a área que define o rumo que seu negócio terá, evitando possíveis erros.
Para ter uma empresa funcionando saudavelmente, é preciso estabelecer cuidados básicos: controlar as contas, cobranças, e trabalhar com a real situação da empresa, afinal, todos os outros setores estão interligados ao bom gerenciamento da área financeira – se alguma coisa der errado, todas as outras áreas serão comprometidas.
Pensando nisso, selecionamos alguns erros de gestão financeira que muitas vezes, acabam comprometendo no andamento dos negócios. Acompanhe e fique atento para não cometê-los!
1. Falta de atualização na área
A falta de atualização é um entrave. Profissionais que buscam conhecimento e atualização constante conseguem promover a empresa e gerar a tão desejada “vantagem competitiva”.
A gestão financeira de uma empresa exige dos profissionais responsáveis a busca pelo aprimoramento contínuo. Gestores estagnados podem colocar as finanças da empresa em sérios apuros. Na falta de conhecimento sobre custos e despesas, o empreendedor acaba não conseguindo definir uma política de preços competitiva e coerente, além disso, fica impossibilitado de realizar qualquer tipo de economia e planejamento.
O profissional responsável pela área financeira da empresa precisa ter domínio sobre os processos executados diariamente. É através desta área que o gestor pode controlar estoque, vendas, recebimentos, pagamentos, capital de giro e saber sua real situação financeira.
Através deste detalhamento, o gestor poderá decidir qual a melhor decisão a se tomar, tendo sempre por base a sua real situação financeira.
2. Desconsiderar o planejamento estratégico da gestão financeira
Todo empreendedor que se preze precisa levar em conta um bom planejamento de gestão financeira. É por meio dele que o gestor poderá dirigir, coordenar e controlar suas funções de acordo com os objetivos estabelecidos, direcionando-se ao que deve ser feito no futuro em relação às finanças.
Empreendedores que aliam suas metas a um bom planejamento financeiro, conseguem estabelecer diretrizes de mudança e crescimento na empresa, preocupando-se com uma visão global, considerando a política de investimento e financiamento do negócio.
No processo de elaboração das estimativas e previsões quanto ao futuro da empresa, o planejamento financeiro que dará o resultado de como será o futuro, e se o empreendimento terá ou não recursos. Na possibilidade de caixa negativo, caberá ao gestor buscar outras fontes de recurso ou rever suas estimativas.
Com isso, é possível realizar:
- Previsões de vendas: uma espécie de projeção para um futuro próximo que a empresa faz com base nos dados analisados
- Planejamento de lucro: cálculo que a empresa realiza a partir das avaliações feitas sobre os lucros atuais, ativos e passivos, despesas, custos e capital
- Orçamento de caixa: observação periódica para as entradas e saídas de dinheiro da empresa
- Provisões: avaliação preventiva para saber como estão a reservas da empresa.
Veja também: como restaurantes e delivery realizam a gestão de caixa com um sistema ERP
3. Desconsiderar a inadimplência
Empresas dependem diretamente da entrada de recursos para a execução das suas atividades. Gestores que não consideram a inadimplência do planejamento financeiro estão colocando a empresa em sérios riscos.
Além disso, é impossível estabelecer qualquer tipo de objetivo sem levar em consideração o quanto de recurso está em posse de terceiros. São despesas operacionais, contas a pagar, custos de produção, enfim, a empresa precisa captar recursos para o funcionamento do seu negócio e seu pró-labore – ou não terá qualquer tipo de lucro, e brevemente fechará as portas.
A inadimplência pode comprometer o funcionamento de qualquer negócio, principalmente quando não são estabelecidas estratégias de controle. Via de regra, estabeleça uma taxa de inadimplência que esteja de acordo com a realidade do seu negócio e na situação em que a economia brasileira se encontra.
4. Perder o controle do fluxo de caixa
Se você não mantém um fluxo de caixa atualizado ou não realiza um controle de saídas e entradas de recursos, cedo ou tarde, seu negócio sairá prejudicado.
Toda e qualquer movimentação deve ser controlada, já que é através do fluxo de caixa que o gestor pode ter uma visão clara de como os negócios estão caminhando, e assim, decidir qual a melhor forma de impulsioná-lo, seja com capital de terceiros, empréstimos ou financiamentos.
Um bom sistema ERP pode ajudar a manter as contas em dia e organizadas, possibilitando ao gestor um acompanhamento periódico das finanças da empresa, em curto, médio e longo prazo.
É preciso lembrar que o fluxo de caixa é um importante instrumento para realizar projeções futuras, o que dá ao gestor a possibilidade de se preparar e evitar surpresas inesperadas.
5. Não calcular corretamente preço de venda por desconhecimento de seus custos e despesas
Muitos gestores acabam estipulando os preços de vendas através de estimativas poucos confiáveis, que acabam representando uma desvantagem em relação ao que está sendo oferecido no mercado.
Seja por falta de conhecimento dos custos e despesas, ou mesmo pela falta de informações sobre estes itens, muitos empreendimentos têm que lidar com prejuízos nas suas vendas e, eventualmente, acabam comprometendo diretamente o bom funcionamento do negócio.
Conhecer os custos de produção, custos operacionais, despesas fixas e variáveis, mercado concorrente e público-alvo, é essencial para estabelecer um preço justo, que seja competitivo frente à concorrência.
A gestão financeira é a base para uma precificação correta. Se o gestor mantiver o controle e planejamento de tudo o que influenciou até o produto final, sem dúvida, será possível estabelecer um preço de mercado com certa margem de contribuição, além de manter o fluxo de recursos para continuar produzindo.
A palavra de ordem aqui é manter registro e controle de todos os custos e despesas. Atente-se aos temas:
- Funil de vendas: é processo criado para acompanhar as etapas pelas quais passam os clientes que vai desde o primeiro contato até o fechamento de vendas
- Receitas por vendedor: é uma forma de medir quanto de rendimentos cada vendedor está trazendo para empresa
- Receitas por região: imposto que cada região/estado do Brasil cobra sobre o produto ou serviço
- Receitas por vendas: imposto cobrado sobre o produto ou serviço vendido no país.
6. Não automatizar o faturamento
Realizar tarefas manualmente, que poderiam ser automatizadas, é um dos erros mais comuns dos gestores. Além disso, quando um software de ERP é integrado à rotina financeira, os processos são otimizados, reduzindo os custos e aumentando a produtividade.
Manter todas as informações integradas com as demais áreas da empresa é crucial para manter as finanças em dia. Rotinas que antes despendiam tempo e necessitavam de muitas pessoas para sua execução, hoje não são mais necessárias.
O uso de software ERP online robusto, aumenta a segurança das informações e fornece ao gestor informações confiáveis e atualizadas constantemente sobre todos os atos e fatos dentro da empresa, uma vez que o sistema integra todos os setores: a área de vendas, estoque, faturamento, compras e todos os demais.
7. Não fazer um planejamento tributário corretamente
Empresas que não realizam um bom planejamento tributário, estão suscetíveis ao pagamento de impostos desnecessários e, correm o risco de cometer erros graves diante do Fisco, entre eles, a sonegação fiscal.
Realizar um enquadramento tributário de acordo com o faturamento, garante à empresa o pagamento devido de tributos, e possibilita que as finanças não sejam comprometidas caso ocorram multas ou outras penalidades, que nestes casos, são bem salgadas e podem comprometer seriamente o funcionamento do negócio.
8. Não ter indicadores e KPIs
A gestão financeira é uma das áreas mais relevantes para qualquer empresa e o uso de indicadores é cada vez mais indispensável neste processo de gestão.
Medir o resultado e acompanhar se as metas traçadas estão sendo cumpridas, é a grande vantagem da utilização de indicadores. Por meio deles que é possível acompanhar o fluxo de caixa e conhecer qual a porcentagem de melhoria ou piora em relação aos indicadores financeiros anteriores.
Empreendedores que não utilizam indicadores, se veem numa verdadeira sinuca de bico, uma vez que não conseguem mensurar se a atividade está gerando números positivos ou se está contraindo mais dívidas do que deveria.
A questão, muitas vezes, é descobrir quais indicadores utilizar, que podem fornecer informações mais relevantes. E é aí que entra o KPI (do inglês Key Performance Indicator), conhecido no Brasil como “indicador-chave de desempenho”.
Ele é considerado um dos melhores indicadores para mensurar os resultados da empresa, ignorando indicadores pouco importantes ou aqueles que pouco impactam estes resultados. Entre os indicadores considerados como KPIs, estão:
- Capital de Giro: reserva financeira em caixa que garante a quitação das despesas
- EBITDA: acrônimo da expressão em inglês “Earnings Before Interest Taxes Depreciation and Amortization” que em português, significa Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização
- Endividamento: dívidas realizadas pela empresa como empréstimos, por exemplo.
- Liquidez dos investimentos: retorno rápido no fluxo dos investimentos realizados pela empresa.
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